Há 5 anos
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Peace be with you
Hoje teve uma missa na IESE pra celebrar o início do ano acadêmico. Foi a primeira missa em inglês que eu assisti na vida e devo dizer que eu entendi muito mais hoje das palavras do padre do que em qualquer outra missa que eu já fui. Acho que o inglês é mais democrático nesse sentido. Quando a igreja católica usa um vocabulário arcaico e rebuscado, ela afasta grande parte da população brasileira. Se eu que tenho alguma educação, tenho dificuldade em entender certas partes da Bíblia, imagina o resto. Enfim, pensei sobre isso depois da missa. De qualquer forma, me sinto agora com mais força pra começar enfim as aulas de verdade.
domingo, 28 de setembro de 2008
Culture Shock
Um assunto muito recorrente nas mesas de bar e nas aulas de espanhol é a diferença cultural entre os países. Com tanta gente de nacionalidades diferentes é óbvio que o choque cultural é enorme. Na maioria das vezes, as diferenças são divertidas e eu aprendo muito sobre o mundo com elas, mas outras vezes elas irritam um pouco e se tornam um pouco difícil lidar. Exemplos não faltam, difícil é lembrar todos, mas eu vou tentar.
Jinjoo é da Corea e no nosso primeiro mês aqui, ela fez um jantar coreano pros primeiros classmates que já estavam em Barcelona. Ela marcou o jantar pras 19h. Era julho e nessa época às 19h fazia um sol de rachar. Então resolvi chegar às 20h que julguei ser uma boa hora. Quem consegue jantar com um sol daqueles? Bom, quando eu cheguei lá, a comida já estava na mesa e todos estavam me esperando pra começar a comer. Fiquei um pouco sem graça, mas é de conhecimento internacional que os brasileiros estão sempre atrasados, então todo mundo levou super na boa. Mas o choque cultural aconteceu mesmo quando Jinjoo decide servir os nossos pratos e eu recebo um prato cheio de coisa que eu não fazia idéia do que era. A Bia encontrou logo um lixo pra disfarçadamente jogar tudo fora. Eu, sentada do lado da anfitriã, tive que comer tudinho. Certo momento, depois de uma garfada numa coisa vermelha, eu começo a suar frio, minha boca começa a arder muito, minha língua ficou anestesiada. O amigo sentado do meu outro lado, percebendo o desespero na minha cara, me dá um copo com uma bebida branca que parecia um leite. Viro o copo todo, tentando acabar com a minha agonia antes que todos percebessem. E foi nesse momento que eu quase vomitei na amiguinha anfitriã.
No Japão as pessoas colocam no CV se elas podem beber ou não. É isso mesmo. Beber é uma vantagem competitiva lá. Significa que você pode participar de reuniões com gerentes, onde aparentemente sempre tem bebida alcoólica envolvida. E, se por um acaso, um funcionário que não bebe tiver que participar de uma dessas reuniões, ele é obrigado a beber, porque o contrário seria uma falta de respeito. Inclusive os japoneses me contaram que quando você é contratado pela empresa e você diz que não pode beber, eles te dão uma cartilha com dicas de como fingir que você bebeu e manter a tradição do brinde.
A Bia tem um classmate da Nigéria. No primeiro jantar com a turma toda da Bia, o nigeriano estava sentado do lado dela. Diz a Bia que durante o jantar, enquanto ela estava temperando a salada, o nigeriano pergunta: “O que é isso?”. A Bia responde “Azeite, vinagre e sal”. E o amiguinho pergunta: “E pra que serve isso?”. O cara nunca tinha visto azeite na vida!
Brasileiro é uma paixão internacional. Só de dizer que você é brasileiro, a simpatia é automática. Quando eu digo que sou do Rio de Janeiro então, ai nem se fala. Existe um livro chamado “How to be a carioca” que faz mais sucesso do que eu imaginava. É interessante ver como a fama dos cariocas de malandro relaxado se espalhou pelo mundo. A galera aqui sempre me pede pra ensinar uma nova palavra tipicamente carioca pra eles. A palavra, em português, mais falada pelos gringos da minha sala é “cú de foca”. O Noah, o mais aficionado pelo Rio, toda vez que conhece algum brasileiro, fala “e ai, beleza? Cú de foca!” A gente já explicou que essa é uma expressão que só os amigos da Bia falam quando eles querem dizer que a cerveja está muito gelada, mas ele adora de qualquer forma. Quando eu fiz um jantar aqui em casa, o Noah chegou meia hora antes da hora que eu tinha marcado. Quando eu abri a porta eu disse pra ele “Chegando meia hora antes, você nunca vai ser um carioca! Tem que chegar pelo menos uma hora atrasado! Pulou o capítulo 2 do livro?”. Realmente tem um capítulo no livro que fala dos atrasos, é muito engraçado.
Uma grande surpresa foi saber que o mundo ficou chocado com a morte do grupo “Mamonas Assassinas”. Mais de uma pessoa já veio comentar comigo sobre isso.
Recadinhos:
Tia Arlete, amei a santinha que você me mandou! Ela é linda. Se depender dos santos, a minha vida aqui em Barcelona será só de felicidades! Muito Obrigada!
Mel, vem logo visitar a gente! Mas antes de chegar, avisa assim com duas semanas de antecedência, porque o Fabio precisa comprar lençóis decentes! Eu tentei convencê-lo, mas sabe como é homem, né? Pelo menos ele concordou que quando você vier, ele vai fazer esse investimento!
Julinha e Carol, prometo que essa semana respondo os emails!!
Jinjoo é da Corea e no nosso primeiro mês aqui, ela fez um jantar coreano pros primeiros classmates que já estavam em Barcelona. Ela marcou o jantar pras 19h. Era julho e nessa época às 19h fazia um sol de rachar. Então resolvi chegar às 20h que julguei ser uma boa hora. Quem consegue jantar com um sol daqueles? Bom, quando eu cheguei lá, a comida já estava na mesa e todos estavam me esperando pra começar a comer. Fiquei um pouco sem graça, mas é de conhecimento internacional que os brasileiros estão sempre atrasados, então todo mundo levou super na boa. Mas o choque cultural aconteceu mesmo quando Jinjoo decide servir os nossos pratos e eu recebo um prato cheio de coisa que eu não fazia idéia do que era. A Bia encontrou logo um lixo pra disfarçadamente jogar tudo fora. Eu, sentada do lado da anfitriã, tive que comer tudinho. Certo momento, depois de uma garfada numa coisa vermelha, eu começo a suar frio, minha boca começa a arder muito, minha língua ficou anestesiada. O amigo sentado do meu outro lado, percebendo o desespero na minha cara, me dá um copo com uma bebida branca que parecia um leite. Viro o copo todo, tentando acabar com a minha agonia antes que todos percebessem. E foi nesse momento que eu quase vomitei na amiguinha anfitriã.
No Japão as pessoas colocam no CV se elas podem beber ou não. É isso mesmo. Beber é uma vantagem competitiva lá. Significa que você pode participar de reuniões com gerentes, onde aparentemente sempre tem bebida alcoólica envolvida. E, se por um acaso, um funcionário que não bebe tiver que participar de uma dessas reuniões, ele é obrigado a beber, porque o contrário seria uma falta de respeito. Inclusive os japoneses me contaram que quando você é contratado pela empresa e você diz que não pode beber, eles te dão uma cartilha com dicas de como fingir que você bebeu e manter a tradição do brinde.
A Bia tem um classmate da Nigéria. No primeiro jantar com a turma toda da Bia, o nigeriano estava sentado do lado dela. Diz a Bia que durante o jantar, enquanto ela estava temperando a salada, o nigeriano pergunta: “O que é isso?”. A Bia responde “Azeite, vinagre e sal”. E o amiguinho pergunta: “E pra que serve isso?”. O cara nunca tinha visto azeite na vida!
Brasileiro é uma paixão internacional. Só de dizer que você é brasileiro, a simpatia é automática. Quando eu digo que sou do Rio de Janeiro então, ai nem se fala. Existe um livro chamado “How to be a carioca” que faz mais sucesso do que eu imaginava. É interessante ver como a fama dos cariocas de malandro relaxado se espalhou pelo mundo. A galera aqui sempre me pede pra ensinar uma nova palavra tipicamente carioca pra eles. A palavra, em português, mais falada pelos gringos da minha sala é “cú de foca”. O Noah, o mais aficionado pelo Rio, toda vez que conhece algum brasileiro, fala “e ai, beleza? Cú de foca!” A gente já explicou que essa é uma expressão que só os amigos da Bia falam quando eles querem dizer que a cerveja está muito gelada, mas ele adora de qualquer forma. Quando eu fiz um jantar aqui em casa, o Noah chegou meia hora antes da hora que eu tinha marcado. Quando eu abri a porta eu disse pra ele “Chegando meia hora antes, você nunca vai ser um carioca! Tem que chegar pelo menos uma hora atrasado! Pulou o capítulo 2 do livro?”. Realmente tem um capítulo no livro que fala dos atrasos, é muito engraçado.
Uma grande surpresa foi saber que o mundo ficou chocado com a morte do grupo “Mamonas Assassinas”. Mais de uma pessoa já veio comentar comigo sobre isso.
Recadinhos:
Tia Arlete, amei a santinha que você me mandou! Ela é linda. Se depender dos santos, a minha vida aqui em Barcelona será só de felicidades! Muito Obrigada!
Mel, vem logo visitar a gente! Mas antes de chegar, avisa assim com duas semanas de antecedência, porque o Fabio precisa comprar lençóis decentes! Eu tentei convencê-lo, mas sabe como é homem, né? Pelo menos ele concordou que quando você vier, ele vai fazer esse investimento!
Julinha e Carol, prometo que essa semana respondo os emails!!
domingo, 21 de setembro de 2008
Mixed News
Eu demoro a escrever no blog porque fico pensando em temas e coisas engraçadas do mesmo assunto pra postar junto, mas acaba que me esqueço ou não rola e as notícias se perdem. Então hoje vou escrever todas as novidades misturadas mesmo e desculpa por não ter uma linha de raciocínio lógico, mas como todo mundo me pede atualizações mais freqüentes essa é a única forma.
- Todas as escolas de Barcelona voltaram às aulas essa semana e aparentemente todas as escolas da cidade estão em Pedralbes. Antes era uma delícia ir pra faculdade de metro e ônibus, agora já não é mais divertido. Os transportes estão lotados, engarrafamento pra todo o lado, ou seja, estamos acordando mais cedo do que o normal e a idéia de comprar uma moto já não parecia tão improvável. Na volta pra casa tem sido mais tranqüilo porque eu volto de bicicleta. Aqui em Barcelona tem um sistema chamado bicing, que são vários bicicletários espalhados pela cidade. Você pode pegar uma bicicleta em um desses pontos e largar em outro ponto qualquer. A primeira meia hora com a bicicleta é de graça e a partir daí cada meia hora custa 0,30 centavos. Você paga 20 euros por ano pra se matricular. O único risco é que se a bicicleta não for devolvida em 24 horas, você tem que pagar 150 euros. O bicing é ótimo pra curtas distâncias. Mas não se engane eu não virei uma pessoa saudável. Eu só desço a ladeira. Durante todo o trajeto eu devo dar umas duas pedaladas apenas. Hoje o Naresh e o Fabio tentando me convencer a comprar uma moto e acabar com a minha falta de independência, me deram a primeira aula de como andar em uma moto e devo dizer, agora com mais propriedade, que eu não nasci pra esse meio de transporte, assim como eu e os cavalos não somos do mesmo planeta.
- Os meus precourses acabaram e o intensivo de espanhol também. Os meus precourses foram bem básicos e sem nenhuma cobrança. Só tive prova no espanhol e se eu não quisesse ir nas aulas, problema meu. Para aqueles que já tinham visto accounting e estatística alguma vez na vida, aquilo tudo foi uma grande perda de tempo. Então eu não tive muita dificuldade em acompanhar. Mas pra coitadinha da Bia, os precourses estão sendo muito diferentes. Ela já tem prova e eles estão jogando a matéria nos pobrezinhos que nunca viram isso na vida, como a Bia. Eu sempre tento acalmar ela dizendo que se está sendo difícil pra ela, imagina pro padre que está na sala dela. (Ela tem um classmate que é padre!!) Tudo bem que ele tem o divino espírito santo do lado dele, mas aqui entre nós todo mundo sabe que os deuses lá de cima não entendem muito de probabilidade, né? Bom, no quesito espanhol eu estou indo muito bem. Já estou no nível 10 e são 12 no total. Às vezes fico um pouco frustrada por cometer sempre os mesmos erros, mas pelo menos agora eu já identifico o que é realmente espanhol e o que não é. Muita coisa sai automaticamente porque está enraizado na minha cabeça. Não é igual aos japoneses, por exemplo. Ou eles sabem ou eles não sabem. Não é como a gente que fica sempre tentando usar o nosso vocabulário com um sotaque espanhol.
- Essa estória de misturar as línguas dá muito pano pra manga por aqui. Hoje eu estava rindo das anotações da Bia. Até tirei uma foto pra mostrar pra vocês como é difícil estudar em uma língua diferente. “Mas só vai record revenues at the end? Usually yes, but what to do with costs no decorrer de todo o tempo?” Eu espero que com o tempo o inglês fique mais fluente e a gente fique usando só ele nas aulas. Por enquanto, eu ainda escuto a aula traduzindo na minha cabeça e fazendo as anotações em português. Claro que eu perco alguns segundos do que o professor está falando, mas ta dando pra levar. Inclusive o inglês merece um capítulo a parte.
- Todas as escolas de Barcelona voltaram às aulas essa semana e aparentemente todas as escolas da cidade estão em Pedralbes. Antes era uma delícia ir pra faculdade de metro e ônibus, agora já não é mais divertido. Os transportes estão lotados, engarrafamento pra todo o lado, ou seja, estamos acordando mais cedo do que o normal e a idéia de comprar uma moto já não parecia tão improvável. Na volta pra casa tem sido mais tranqüilo porque eu volto de bicicleta. Aqui em Barcelona tem um sistema chamado bicing, que são vários bicicletários espalhados pela cidade. Você pode pegar uma bicicleta em um desses pontos e largar em outro ponto qualquer. A primeira meia hora com a bicicleta é de graça e a partir daí cada meia hora custa 0,30 centavos. Você paga 20 euros por ano pra se matricular. O único risco é que se a bicicleta não for devolvida em 24 horas, você tem que pagar 150 euros. O bicing é ótimo pra curtas distâncias. Mas não se engane eu não virei uma pessoa saudável. Eu só desço a ladeira. Durante todo o trajeto eu devo dar umas duas pedaladas apenas. Hoje o Naresh e o Fabio tentando me convencer a comprar uma moto e acabar com a minha falta de independência, me deram a primeira aula de como andar em uma moto e devo dizer, agora com mais propriedade, que eu não nasci pra esse meio de transporte, assim como eu e os cavalos não somos do mesmo planeta.
- Os meus precourses acabaram e o intensivo de espanhol também. Os meus precourses foram bem básicos e sem nenhuma cobrança. Só tive prova no espanhol e se eu não quisesse ir nas aulas, problema meu. Para aqueles que já tinham visto accounting e estatística alguma vez na vida, aquilo tudo foi uma grande perda de tempo. Então eu não tive muita dificuldade em acompanhar. Mas pra coitadinha da Bia, os precourses estão sendo muito diferentes. Ela já tem prova e eles estão jogando a matéria nos pobrezinhos que nunca viram isso na vida, como a Bia. Eu sempre tento acalmar ela dizendo que se está sendo difícil pra ela, imagina pro padre que está na sala dela. (Ela tem um classmate que é padre!!) Tudo bem que ele tem o divino espírito santo do lado dele, mas aqui entre nós todo mundo sabe que os deuses lá de cima não entendem muito de probabilidade, né? Bom, no quesito espanhol eu estou indo muito bem. Já estou no nível 10 e são 12 no total. Às vezes fico um pouco frustrada por cometer sempre os mesmos erros, mas pelo menos agora eu já identifico o que é realmente espanhol e o que não é. Muita coisa sai automaticamente porque está enraizado na minha cabeça. Não é igual aos japoneses, por exemplo. Ou eles sabem ou eles não sabem. Não é como a gente que fica sempre tentando usar o nosso vocabulário com um sotaque espanhol.
- Essa estória de misturar as línguas dá muito pano pra manga por aqui. Hoje eu estava rindo das anotações da Bia. Até tirei uma foto pra mostrar pra vocês como é difícil estudar em uma língua diferente. “Mas só vai record revenues at the end? Usually yes, but what to do with costs no decorrer de todo o tempo?” Eu espero que com o tempo o inglês fique mais fluente e a gente fique usando só ele nas aulas. Por enquanto, eu ainda escuto a aula traduzindo na minha cabeça e fazendo as anotações em português. Claro que eu perco alguns segundos do que o professor está falando, mas ta dando pra levar. Inclusive o inglês merece um capítulo a parte.
- Meu inglês é ok. Ele é bom, mas estava longe de ser fluente. Principalmente por que eu nunca estive em uma situação que eu precisasse falar inglês diariamente. Então claro que eu cometo muitos erros e que preciso usar body language muitas vezes pra conseguir encontrar a palavra que eu quero. Graças a Deus as nacionalidades que tem inglês como primeira língua são muito boas de dedução e nos ensinam muito. Mas óbvio que eu já me meti em muita situação engraçada por causa disso. A primeira grande besteira foi quando eu me referia a minha festa de despedida eu dizia “get away party” e o certo é “going away party”. Mas a melhor besteira foi ontem. Eu fui com os meninos fazer compras pro apartamento deles na Ikea. O Fabio decide que precisa comprar uma planta pro quarto dele e diz que talvez um bonsai fosse uma boa idéia. Quem me conhece sabe que eu e os bonsais tivemos uma relação muito próxima no passado. Pois bem, decido começar a contar esse capítulo da minha vida pros amiguinhos. Em dado momento eu digo que o meu bonsai estava fadado à morte e que eu não tinha muito que fazer pra salvá-lo. Daí eu explico que o meu Bonsai tinha sido cultivado com “asteroids” só pra parecer velho e que a vida de um Bonsai criado dessa forma era curta. E ai os amigos muito impressionados com a minha estória surreal, começam a considerar que eu pudesse estar realmente falando de asteróides ao invés de esteróides. Enfim, uma confusão só!! O bom é que conforme o meu inglês vai ficando melhor a minha personalidade vai aparecendo. Fazer piada, ser irônica e engraçada em outra língua são os maiores desafios. E eu já estou me sentindo mais a vontade pra espalhar pelo mundo as aventuras de Marcelle e, claro, as aventuras de Jesus. Outro dia eu disse “What is a fart if you are already in shit*.” Hahaha Essa já entrou pro meu livro de frases.
- Pra chegar à praia, eu tenho duas opções: mudar de linha de metro duas vezes, começando pela linha verde, depois mudar pra vermelha e depois finalmente pra amarela; ou pegar um ônibus. De metro eu levo uns 40 minutos e ando um bocado entre as estações e de ônibus eu levo 1h15, mas vou sentadinha. Ou seja, é como se eu morasse depois da linha amarela. E se quando eu morava praticamente em frente à praia, eu ia à praia uma vez por ano, agora eu não vou nunca.
- Pra chegar à praia, eu tenho duas opções: mudar de linha de metro duas vezes, começando pela linha verde, depois mudar pra vermelha e depois finalmente pra amarela; ou pegar um ônibus. De metro eu levo uns 40 minutos e ando um bocado entre as estações e de ônibus eu levo 1h15, mas vou sentadinha. Ou seja, é como se eu morasse depois da linha amarela. E se quando eu morava praticamente em frente à praia, eu ia à praia uma vez por ano, agora eu não vou nunca.
* Adaptação da frase maravilhosa da minha querida amiga Marcinha: "O que é um peido pra quem tá cagado".
sábado, 13 de setembro de 2008
Torre de Babel
Coloque 55 nacionalidades diferentes numa sala de aula apertada durante 8 horas diárias. Qual o resultado? Uma mistura de vírus de todos os continentes e, conseqüentemente, um monte de gente doente. Os americanos provaram ter o sistema imunológico mais fraco do mundo, porque eles foram os que mais ficaram doentes e alguns deles até ficaram de cama por mais de uma semana. Eu achei que estava bem. Pô Brasil tem tudo que é tipo de vírus e bactérias né? Fala sério, eu resisti a dengue, resisto a qualquer coisa! É, eu estava errada. To aqui de cama, em pleno feriado*. Ainda bem que eu trouxe a minha caixa de remédio e vou ficar boa rapidinha. A questão é: será que meus remédios têm chance contra os vírus da Índia? Sem nenhum preconceito, mas eu tenho certeza que é de lá que veio o meu vírus! ;)
* O feriado foi no dia 11 de setembro. Nesse dia, a Catalunha comemora ‘La Diada’, dia em que a Catalunha se tornou parte da Espanha. Nesse dia em 1714, durante a guerra da sucessão espanhola, a Catalunha perdeu uma batalha e deixou de ser uma nação soberana, perdendo todas as suas leis próprias, incluindo o direito de usar a sua própria língua. Com o tempo, eles conseguiram resgatar o catalão e outras coisas, mas ainda não são independentes como eles gostariam de ser. Acho muito interessante essa história, porque ela fala muito da cultura catalã. Não é louco ter um feriado para comemorar uma batalha perdida? Mas eles encaram esse dia como um dia de reivindicação dos direitos, de orgulho e quem sabe até de esperança de resgatar sua independência.
* O feriado foi no dia 11 de setembro. Nesse dia, a Catalunha comemora ‘La Diada’, dia em que a Catalunha se tornou parte da Espanha. Nesse dia em 1714, durante a guerra da sucessão espanhola, a Catalunha perdeu uma batalha e deixou de ser uma nação soberana, perdendo todas as suas leis próprias, incluindo o direito de usar a sua própria língua. Com o tempo, eles conseguiram resgatar o catalão e outras coisas, mas ainda não são independentes como eles gostariam de ser. Acho muito interessante essa história, porque ela fala muito da cultura catalã. Não é louco ter um feriado para comemorar uma batalha perdida? Mas eles encaram esse dia como um dia de reivindicação dos direitos, de orgulho e quem sabe até de esperança de resgatar sua independência.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
As outras eram manjericão
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Mías Targetas
Meu cartão da IESE, do plano de saúde, do Banco Caja Madrid e minha identidade espanhola. No meio é o cartão para eu colocar na minha frente durante as aulas para que todos saibam o meu nome. Aqui eu sou Lopes, no Brasil eu sou Iglesias.
Hoje dividiram os 235 alunos em três sections. Eu sabia que na Section C eu não estava, porque essa é só para fluentes em espanhol, então me restava a A e a B. Fiquei na B e junto comigo ficaram todos os amigos mais chegados. Tô muito feliz! Dizem que a letra B significa Best, então... hehehe Lógico que a galera da section A, diz que A é de Awesome. Ou seja, a competição já começou! :)
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