quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Carnacellona!

Ano passado durante o meu aniversário os meus pais estavam aqui, o que aliviou muito a tristeza de não estar no Brasil para comemorar com os meus amigos. Mas esse ano como eles já vem pra minha formatura em maio, eu tive que lidar com isso sozinha. Comecei a cogitar a possibilidade de fazer uma festa, mas como eu sempre tenho prejuízo nos meus eventos, tomar prejuízo em euro não seria nada legal. Mas ao mesmo tempo, a data estava chegando e eu não queria mesmo ficar em casa em depressão.

Umas duas semanas antes, eu pesquisei todos os restaurantes brasileiros, todas as boates e bares que iam fazer festa de carnaval e todo e qualquer evento que tivesse algo de brasileiro relacionado. Carreguei o Ricardo, meu amigo uruguaio que mora comigo, e fizemos um bar/boate crawl indo de lugar em lugar, checando as bandas, a comida e fazendo uma intensa pesquisa das possibilidades. Mas nada parecia perfeito do jeito que eu queria. Um belo dia chega na minha casa duas caixas enormes do FedEX enviadas pela minha mãe. A Sandroca foi na alfândega a meu pedido pra comprar umas besteiras pro MultiCulti desse ano e acabou me enviando o Saara inteiro! Depois que eu abri a caixa, não tinha mais como voltar atrás. Eu tinha que fazer um baile de carnaval. Mas onde? Como?

Bom, uma das grandes coisas que eu aprendi no MBA foi ser paciente. Fique alerta, espere e virá. E foi batata, como diria o Ricardo depois de assistir todas as minisséries do Nelson Rodrigues. Um belo dia fui nesse bar e uma banda brasileira estava tocando, chamei pelo dono, ele estava lá, conversarmos, acertamos os detalhes e pronto, meu baile de carnaval estava pronto! Só faltavam os convidados. Com o final do MBA chegando está todo mundo viajando o tempo todo, cheio de eventos marcados e eu estava super preocupada, porque a festa já estava super em cima.

O plano era jantar com os amigos mais chegados e depois do jantar, as mesas sairiam, a banda começaria e o resto dos convidados chegaria. Convidei 50 pessoas. As 50 pessoas que mesmo que por uma vez, me deram um olhar amigo, um abraço ou um ouvido paciente durante esses dois anos e, por eles, eu consegui chegar ao final. E pra minha grande surpresa, TODOS confirmaram! Bom, não preciso nem dizer o quanto eu estava feliz e o quanto a festa foi maravilhosa! Todo mundo dançando marchinhas de carnaval como se não houvesse amanhã, usando as fantasias que minha mãe mandou, bebendo caipirinhas, numa alegria só. Em certo momento da festa, a Bruna pegou o microfone, chamou três meninos pra segurar uns envelopes. Cada envelope tinha uma letra: A, B e C. Dentro de cada envelope tinha um presente e eu tive que escolher qual eu queria. Foi uma brincadeira, todo mundo participou e no final eu podia ficar com os três presentes, claro! Eu ganhei uma massagem, uma aula de culinária de comida espanhola e um vale presente de 60 euros da Zara! Além de um cartão lindo assinado por todos com recadinhos lindos e cheio de carinho. Amei tudo! Foi de arrepiar!

Estava conversando com o Gustavo dia desses, como em tão pouco tempo os “novos” amigos conhecem a gente tão bem (ele está tendo a mesma impressão na Alemanha). Mas chegamos a conclusão que a ‘culpa’ é muito mais nossa do que eles. Acho que para conseguir amigos nós ficamos mais expostos e conseqüentemente mais sinceros sobre a personalidade.

Claro que além da festa, no dia do meu aniversário mesmo, que foi em um domingo, o skype não parava de tocar, o telefone tocou algumas vezes (Marcinha e os meus primos queridos!) e as mensagens no facebook e no orkut chegavam a cada minuto. Eu sou abençoada e só tenho a agradecer pelos meus amigos e pela minha família maravilhosa!


Essas são as minhas fotos só. As melhores são as da Bruna que ainda virão.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Andorra

Esse final de semana nós fomos a Andorra numa viagem organizada pela IESE chamada Skiese. Como boa brasileira que sou esquiar não é uma das minhas habilidades. Ano passado eu não quis ir porque não queria investir nas roupas de esquiar e no total tudo ficaria muito caro pra eu chegar lá e me dar conta de que eu não sei esquiar e não gosto.

Durante o Thanksgiving, a mulher do André, um amigo de classe goiano, comprou aulas particulares de sky que seriam dadas durante o Skiese pelo Noah, outro amigo de sala americano, que já foi instrutor de sky nos tempos de adolescente. Como ela tinha direito de levar dois acompanhantes nas aulas, ela me convidou. Eu aceitei principalmente por a Bia deixou aqui para mim as roupas que ela comprou ano passado.

E assim eu fui, cheia de medo e roupas, tomar minhas primeiras aulas de sky. O Noah, de tão preocupado que estava, comprou um livro de como ensinar crianças a esquiar. Mas no final das contas eu me saí muito bem! Com certeza por eu saber andar de patins e por eu ter todo o meu gingado brasileiro, rapidinho eu aprendi e já no final do primeiro dia, desci a primeira montanha dançando funk. Alias, eu e todos os gringos que foram pro Brasil. Nós fizemos uma fila e fomos descendo fazendo um S com a mão no joelho, balançando a bundinha. Foi muito engraçado.

E assim foi o meu carnaval: pulando blocos de gelo literalmente! :)


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Cinderela


No dia de ação de graças que é uma dos feriados mais tradicionais na cultura americana os alunos da IESE fazem um leilão para arrecadar dinheiro para uma instituição de caridade. Em 2008, eu e mais sete meninas leiloamos um jantar que foi vendido por 600 euros. Em 2009, eu e Bruna, uma amiga de sala paulista, leiloamos um jantar brasileiro. Na ocasião, tentando usar todos os argumentos de venda possível, eu prometi cozinhar um camarão na moranga para quatro pessoas e dar aulas de samba para ajudar na digestão. Os japoneses foram convencidos e arremataram o jantar por 800 euros! Foi um sucesso. Até que o dia do jantar chegou e eu me vi com uma abobora de 8 quilos na mão sem saber o que fazer. Mas graças a Deus tudo correu bem e o jantar foi uma delícia.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

PROMA



Semana passada na minha aula de Project Management, o professor abriu uma licitação para a construção de uma replica da casa da IESE. O grupo com a melhor oferta (tempo de construção e preço) seria o vencedor e teria que construir a casa na sala de aula para todos assistirem. Meu grupo ganhou e eu era a Project Manager! Foi tão divertido! Claro que no final das contas a minha empresa quebrou porque a obra ficou bem mais cara que o previsto e levou bem mais tempo do que eu previa, como toda boa obra brasileira! Hahaha Veja as fotos aqui.