sábado, 25 de julho de 2009

Off to the Northern



E a viagem da semana é essa aí. Sei que estou devendo ainda os causos das outras viagens, mas prometo tirar muitas fotos e contar tudinho na volta!

beijos a todos e nos vemos em agosto!

sábado, 18 de julho de 2009

Suma todos los números que hay en la imagen!


Há um ano quando Bia e eu chegamos a Barcelona e ainda vivia no apertamento emprestado, eu conheci esse tipo de programa de televisão. Aqui na Espanha (e já fiquei sabendo que essa moda está chegando no Brasil), depois de uma certa hora da madrugada em todos os canais começam esses desafios do tipo “ligue já, ligue já e ganhe um monte de dinheiro”, que poderia ser muito bem traduzido por “canse os seus dedinhos de discar, gaste um fortuna de telefone e tente decifrar um enigma sem solução”. Confesso que a primeira vez que eu vi esse programa, eu caí bonito. Eu estava na sala assistindo a moça pedir desesperadamente para alguém ligar e participar da brincadeira, o tempo passava, ninguém ligava e aquilo ia me dando uma angustia, uma pena da moça. Cheguei a pensar em como aquela profissão era difícil, ficar horas e horas falando, enrolando até que alguém ligasse. De tanta pena, eu até pensei em ligar. Ela estava buscando um desses dizeres populares, mas só havia poucas letras e era em espanhol, então eu não sabia a resposta mesmo. Até que a Bia chega na sala, olha pra tela e diz a resposta assim em 5 segundos. Eu fiquei numa excitação que vocês não imaginam. “Roomie, vamos ligar!!! A gente vai ganhar 1000 euros!!”. E ligamos, ligamos e a moça nunca atendeu. É claro. Foi uma decepção. Não sei se eu fiquei com mais raiva da moça dissimulada ou de mim por ter caído nessa pegadinha.

Eu achei que a minha história com esses programas tinha acabado, mas semana passada eles voltaram pra me atazanar. Minha mãe, Tia Neyde e minha prima Priscilla chegaram aqui em Barcelona sábado passado. Com o problema do fuso horário ficamos até altas horas conversando com a TV ligada, até que essa imagem apareceu. Veja bem. Eu sou uma aluna de segundo ano de MBA e eu fiz 47 pontos na parte de matemática do GMAT, eu tenho que saber a resposta dessa equação. Calculei e fiquei ouvindo a resposta do povo que ligava de 5 em 5 segundos. Nesse quesito esse programa é diferente de todos os outros. Eles atendem. A pegadinha está na resposta, que não é tão fácil quanto parece. Mais de duas horas se passaram e ninguém acertava. Nessas alturas o premio estava em 13 mil euros. Veja bem. Eu sou uma aluna de segundo ano de MBA e desempregada, eu tinha que ligar. Liguei, me atenderam e eu errei. A Tia Neyde ria de perder o ar quando ouviu a minha voz na televisão e depois a minha cara decepcionada quando o locutor disse “No, no hás ganado.” E o que acontece em seguida foi um misto de orgulho, obsessão e idiotice. Fiz milhões de cálculos, pesquisei a resposta na internet, liguei duas vezes mais. O prêmio já estava mais de 30 mil euros! Eu não admitia não saber. Resultado: ficamos até 6h da manhã acordadas para ouvir a resposta e até hoje eu não sei como eles chegaram naquele número.

Alguém arrisca?

sábado, 11 de julho de 2009

Bullshit

Essa semana está rolando em Pamplona a tradição mais idiota da Espanha: a festa de San Fermín. San Fermín é um pobre santo que teve a infelicidade de nascer em Pamplona e que nada tinha a ver com touros, muito menos com homens correndo de uma manada de touros enlouquecidos. De uns anos pra cá, Pamplona tem usado o santo nome em vão, literalmente, para justificar essa festa assassina, cujo único objetivo é chamar atenção para essa cidade, que não tem nada mais interessante para atrair turistas do que essa idiotice que eles chamam de los encierros de toros.

Lo siento, pero estoy muy enfadada! Eu vou explicar. Los encierros de toros são o seguinte: um bando de gente (gente idiota, claro) do mundo inteiro vai a Pamplona uma vez por ano disposto a correr na frente de oito toros. As 07:55, 07:57 e 07:59 da manhã exatamente, os participantes rezam para o coitado do San Fermín pedindo proteção e as 8 em ponto, os touros são liberados, a correria começa e acaba depois de 800 metros. O problema, ou melhor, os problemas são vários. Primeiro que essa mania espanhola de judiar de touro já passou de todos os limites. Segundo que vire e mexe, vários saem feridos e/ou morto, como foi o caso desse ano. Mas o maior problema de todos é que eles ainda acham isso maneiro. Se você entrar no site oficial da festa, você pode ver o vídeo com repetição do momento que o touro enfiou o chifre no pescoço do maluco, como se isso fosse motivo de orgulho pra família do cara ou para qualquer pessoa que o valha. Eu teria vergonha de estar no enterro desse homem, sinceramente.

Mas aparentemente muitos turistas acham a festa um máximo e Pamplona morre de orgulho por estar na mídia internacional por uma semana pelo menos uma vez por ano. Pois eu já decidi meu protesto. Pamplona não verá meus euros jamais. E tenho dito.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

We're half way there

Eu sei, eu sei, abandonei os meus queridos leitores. Desculpe-me por todos os dias que vocês entraram no blog, ansiosos por um novo post e eu os decepcionei. O último mês foi uma correria. Coisas do destino. Sabe quando você tem um final de semana sem nada pra fazer e no outro você tem três festas no mesmo dia? Foi mais ou menos o que aconteceu. Amigos brasileiros brotando no solo europeu dias depois da minha ultima semana de provas e de busca de emprego. Mas agora eu estou aqui na minha casinha catalã, sozinha, sem amigos brasileiros, sem amigos da escola e sem a roomie, que a essas alturas já deve estar no meio do Atlântico a caminho do Brasil. Vou tentar resumir o último mês em pequenos posts no decorrer da semana. Se a ansiedade for muito grande, vocês podem ir matando a curiosidade vendo as fotos da viagem da França e da Croácia clicando aqui.


O primeiro ano do MBA chegou ao fim e eu sou oficialmente uma aluna do segundo ano. O meu desempenho acadêmico nesse terceiro term não foi tão bom quanto no segundo, mas também não foi tão mal quanto no primeiro, o que significa que eu fiquei fora do Academic Evaluation. Ufa! Fiquei nos limites dos Cs, mas estou muito feliz. Fiquei sabendo que alguns colegas, que tiveram que fazer o Academic Evaluation, foram convidados a se retirar do programa e outros só poderão voltar no ano que vem para continuar o MBA. Então eu fico muito muito satisfeita e realizada por não ter precisado passar por essa avaliação.


Não estou totalmente realizada e satisfeita, porque eu não consegui um estágio. Na verdade eu consegui um, mas da mesma forma inesperada que ele veio, ele foi. A IESE organizou um evento chamado Capstone, que é uma competição entre os grupos de todas as turmas. A IESE convida uma empresa, que no meu caso foi o site emagister.com, e pede pra ela apresentar um problema real da empresa para que os grupos resolvam. Os grupos ficam confinados nas suas salas de reunião durante três dias criando o plano estratégico. Depois de uma pré-seleção feita pelos próprios alunos, os melhores grupos apresentam suas propostas pro presidente da empresa e ele elege o grupo vencedor. O meu grupo foi o vencedor entre todos os outros grupos. Ganhamos um troféu e um emprego. Visitei a empresa, conversei com os gerentes sobre os projetos que eu poderia participar e ficou meio que definido que eu trabalharia na entrada do site no Brasil. Um mês depois um email dizendo que o projeto Brasil foi cancelado por enquanto, mas que eles pretendem retomá-lo ano que vem e eu ‘sem dúvida’ estarei envolvida. Fooon fon fon fooooon


O bom é que por eu não ter arrumado emprego, terei quatro meses de férias, poderei enfim tirar vantagem do fato de que eu moro na Europa e agora vou ter tempo de viajar bastante. Até porque provavelmente essa será a minha única chance na vida de poder viajar por tanto tempo. Então é isso, plano já está em ação! Próximo post, eu conto da primeira viagem: Cote D’Azur e Provence!


O melhor time da IESE, the B9, recebendo o troféu Capstone 2009. No meio da foto está o presidente da empresa Emagister.com